terça-feira, 20 de abril de 2010

Valor do tempo


Quanto vale o seu tempo?

"Tempo é dinheiro". Já cansei de ouvir esta frase. Sempre pensei no seu significado. De fato, tempo é dinheiro, mas você já parou para pensar em quanto vale o seu tempo? O tempo sempre foi um problema para o pai de Lucas. Certo dia, o menino, com uma voz tímida e olhar triste, pergunta para o pai:
- Papai, quanto o senhor ganha por hora?
- Por que você quer saber disto? Não é da sua conta, menino. Eu estou cansado, não venha me amolar com besteiras - respondeu o pai.
Mas Lucas insistiu:
- Por favor, papai, diga quanto o senhor ganha por hora.
Diante da insistência do filho, o pai resolveu encurtar o assunto e respondeu logo.
- Eu ganho seis reais por hora - disse, sério.
E Lucas continuou, para desespero do pai, que não queria continuar a conversa com o filho:
- O senhor pode me emprestar um real? - perguntou.
O pai, nervoso e rude, respondeu:
- Então esta era a razão de você querer saber quanto eu ganho por hora? Vá dormir e não me amole mais, estou muito cansado para ouvir besteira.
Um tempo depois, tarde da noite, o pai sentiu remorso pela maneira como tratou Lucas. Talvez o garoto precisasse comprar algo para a escola, pensou. Querendo reconciliar-se com o filho, foi até o quarto de Lucas e disse sussurrando:
- Filho, acorda! Olha aqui o dinheiro que você me pediu.
- Muito obrigado, papai - disse Lucas.
Levantou-se, abriu a gaveta ao lado da cama e retirou um monte de moedas. Com um brilho nos olhos, olhou para seu pai e exclamou:
- Agora já completei! Já tenho seis reais, poderia me dar uma hora de seu tempo?


PARE, PENSE E REFLITA

Quanto vale o meu tempo?

Responder a esta pergunta é fundamental para nossa vida. Deveríamos aproveitar muito mais o tempo que temos. Sair com os amigos, dedicar algumas horas por dia a esposa/marido, para brincar com os filhos. Dedicar algumas horas para sorrir, relaxar, voltar a ser criança. Algumas horas para nos isolarmos do mundo e mergulharmos no sabor da vida. O valor do nosso tempo é estipulado por nós mesmos. Há momentos na vida que dinheiro nenhum é capaz de pagar. E eles não custam nada, surgem espontaneamente. Vamos aproveitar melhor nosso tempo, valorizando as pessoas que amamos.


Fonte: Parábolas de Sabedoria - Darlei Zanon

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O Bordado


Quando eu era pequeno, minha mãe costurava muito. Eu me sentava no chão, brincando perto dela, e sempre lhe perguntava o que ela estava fazendo. Ela respondia que estava bordando. Todo dia era a mesma pergunta e a mesma resposta. Observava seu trabalho de uma posição abaixo de onde ela se encontrava sentada, e repetia:

- Mãe, o que a senhora está fazendo?

Dizia-lhe que, de onde eu olhava, o que ela fazia me parecia muito estranho e confuso. Era um amontoado de nós e fios de cores diferentes, compridos, curtos, uns grossos e outros finos. Eu não entendia nada. Ela sorria, olhava para baixo e gentilmente me explicava:

- Filho, saia um pouco para brincar e, quando terminar meu trabalho, eu chamo você, coloco-o sentado em meu colo e deixarei que veja o trabalho da minha posição, está bem?

Mas, com toda aquela curiosidade infantil, eu continuava a me perguntar lá de baixo:

"Por que ela usa alguns fios de cores escuras e outros claros? Por que eles me parecem tão desordenados e embaraçados? Por que estavam cheios de pontas e nós? Por que não tinham ainda uma forma definida? Por que demorava tanto para fazer aquilo?"

Bem mais tarde, quando eu estava brincando no quintal, ela me chamou:

- Filho, venha aqui e sente-se em meu colo, quero lhe mostrar uma coisa.

É claro que fui correndo, louco para ver a sua "obra" acabada. Eu sentei no colo dela e me surpreendi ao ver o bordado. Não podia acreditar! Lá de baixo parecia tão confuso e, agora, vendo de cima, vi uma paisagem maravilhosa! Como podia ser?

Então, minha mãe me disse:

- Filho, olhando de baixo, tudo parecia confuso e desordenado porque você não via que na parte de cima havia um belo desenho. Mas, agora, olhando o bordado da minha posição, você sabe o que eu estava fazendo.

Muitas vezes, ao longo dos anos, tenho olhado para o céu e dito:

- Pai, o que estás fazendo?

Ele parece responder:

- Estou bordando a sua vida, filho.

E eu continuo perguntando:

- Mas está tudo tão confuso, Pai, tudo em desordem... Há muitos nós, fatos ruins que não terminam e coisas boas que passam rápido. Os fios são tão escuros... Por que não são mais brilhantes?

O Pai parece me dizer:

- Meu filho, ocupe-se com seu trabalho, descontraia-se, confie em Mim, e Eu farei bem o meu trabalho. Um dia, colocarei você em meu colo e, então, você vai ver o plano da sua vida da minha posição!

Muitas vezes não entendemos o que está acontecendo em nossas vidas. As coisas são confusas, não se encaixam e parece que nada dá certo. É que estamos vendo o avesso da vida. Do outro lado, Deus está bordando...

Autor: Prof. Damásio de Jesus